sexta-feira, 28 de setembro de 2012

[FIC] Vingança || Prólogo || Capítulo 01: Passado















Prólogo: Perdão
Narrado por Carrie Heigh.

Dizem que somente os fracos não sabem perdoar. Ótimo! Então sou fraca.

Me chamo Linda, mas atualmente, me chamem por Carrie. Quando eu tinha apenas cinco anos, minha vila foi banhada a sangue por um Reino distante e desconhecido por muitos até então, chamado "Solária".

Não existiam motivos ou circunstâncias válidas para aquilo. Simplesmente aconteceu.

Apesar de minha pouca idade, consegui fugir, e acabei sendo encontrada por um homem, um milionário homem.

Atualmente, faço parte da corte de Solária, e garanto que brevemente minha Vingança terminará.

Porém, existem coisas que vocês precisam saber. Como cheguei até aqui, tudo o que passei... 

Tudo o que aconteceu.

Rádius matou, e Rádius merece ser punido.

Bem-Vindos ao mundo da Vingança...

Essa não é uma história sobre perdão.

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Capítulo 01: Passado


Todos temos um passado. Um passado triste, um passado feliz, um passado neutro. Um passado infantil, um passado maduro.

Diversos "passados" diferentes formam as mais diferentes pessoas. Mas, o que você faria se seu passado fosse apenas trevas?



- Mas mamãe, a Linda é chata demais! Ela não vai me deixar brincar direito!

- José, pare de palhaçada! Leve sua irmã, meu filho! Preciso sair para vender as frutas que colhemos do nosso pedaço de terra. Estamos na época de lucrar! -A mãe de Linda disse, passando a mão na cabeça de José-

- Tudo bem mamãe, tudo bem... -José disse, saindo logo em seguida da casa, segurando a mão de Linda.-

Linda tinha apenas cinco anos, José tinha dez. João, outro irmão, tinha dezesseis, o mais velho, e naquele momento estara trabalhando com o pai no pedaço de terra da família.

- Irmão, o que é aquilo? -Linda perguntou, apontando para alguma coisa, já alguns metros afastada de sua casa-

- Onde? Eu... -José olhava para o horizonte-

Alguns segundos olhando, e os dois puderam perceber que várias pessoas estavam se aproximando da barreira da vila onde moravam. 

- Linda. Fique aqui. -José disse, caminhando em direção à barreira-

- Irmão! Irmão nãão! Não vai, não vai! -Linda dizia, nervosa-

Porém, José seguiu, continuou caminhando.

Linda correu de volta para sua casa, porém ao entrar, percebeu que sua mãe já não estava mais ali e começou a chorar.

- Linda?! Linda! Minha filha, o que aconteceu? Porque está aqui sozinha?! -O pai de Linda adentrou a casa poucos minutos depois-

- Meu i...i...'imão'... E-ele sumiiiu... -Linda disse, assustada-

- José?! Mas, o que está dizendo minha filha? O que aconteceu?

Linda puxou o pai pela mão, e o levou até a porta da casa.

- Ele... Ele... Foi 'pla' 'barreirra'. -Linda disse, apontando para a barreira-

- Hahaha. Tudo bem minha filhinha... É só a barreira da vila! -o pai tentou acalmar a filha-

- Mas papai, tinha um pessoal, um pessoal tentando 'entlar'. -Linda disse-

- O que? Linda, quase ninguém visita nossa vila! -o pai disse-

Porém, ele estava errado. Alguns segundos depois de sua fala, e a barreira da vila começou a se explodir, abrindo grandes buracos.

- PAPAI! -Linda gritou, se agarrando na perna do pai-

- Mas o que é isso?! -o pai disse, olhando para a barreira, que começou a ser adentrada por homens, em cavalos, com tochas e armas em mãos-

E completou:

- Minha filha, entre em nossa casa e não saia de lá por nada neste mundo!

E então, o velho homem sacou de seu cinto de ferramentas uma pequena estaca, e foi correndo em direção a barreira.

Linda, bem assustada, obedeceu seu pai e entrou na casa, correndo para sua cama.


... PERTO DALÍ ...

- José?! Meu filho, o que está fazendo aqui?! -A mãe gritou-

- Mamãe! O que são aqueles homens?! -José perguntou, assustado-

- José, você devia estar com Linda! Encontre-a, rápido! E tire-a daqui o mais rápido possível! Agora!

- Mas mãe

- JOSÉ! Eu disse AGORA! -A mãe gritou-

José então se virou e avistou seu pai junto com seu irmão João.

- Meu amor! O que está acontecendo?! -a mãe perguntou, assustada-

- Estão explodindo a barreira e entrando aos poucos na vila! Precisamos sair daqui! É um ataque surpresa! -o pai respondeu-

- José, vamos atrás de Linda, papai disse que ela está em nossa casa, vamos! -João disse, puxando o irmão pelo braço-

Os dois então foram atrás da irmã.

- O que eles querem?! -A mãe perguntou, em desespero-

E a pergunta dela foi respondida, quando os homens montados em cavalos começaram a cavalgar mais rapidamente e entraram na vila. Centenas de homens e cavalos, todos armados com lanças, espadas e tochas. 

Do outro lado da barreira, flechas começaram a serem lançadas para dentro da vila, golpeando jovens, adultos e crianças, que estavam mais próximos dalí.

- Melhor começarmos a correr! -O pai disse; e guardando sua estaca, pegou sua esposa pelo braço e começou a correr, em direção à sua casa-


... NA CASA ...

- Linda! Linda! Cadê você minha irmã?! -João gritava, já dentro de sua casa-

- Onde ela está?! -José estava entrando em desespero-

- Procuram essa pequena porquinha? -Um homem fardado apareceu, segurando Linda no colo, com uma faixa na boca, a impedindo de falar-

- Solte-a! Ou acabaremos com você seu idiota! -João disse-

- Acabarão? Hahaha. Pequenos porcos! -O homem disse, sacando sua espada logo em seguida-

Linda se rebatia no colo dele.

- Fique quieta sua criança maldita! -O homem gritou, colocando Linda no chão e empurrando para seus irmãos-

O pai e a mãe das crianças chegaram logo em seguida.

- Que família grande! Hahaha. Ficarão lindos, morrendo todos juntos! -O homem gritou-

E usando sua espada, ameaçou a todos, e os empurrou para longe da porta.

Logo após, acendeu uma tocha. 

- Recebemos ordens de Rádius, Príncipe e Futuro Rei de Solária, para queimar essa vila por completo! -O homem disse-

- Rádius?! Nunca ouvimos falar nesse nome! Vocês não têm o direito de tomar nossa vila, seus malditos! -O pai gritou, abraçando sua família-

O homem nada respondeu. Posicionou sua tocha para uma 'parede' toda feita de madeira. Em poucos segundos, a parede foi tomada pelo fogo, que rapidamente foi se espalhando.

- E agora, hora de matar os porcos para que sejam assados! -O homem gritou-

E partiu para cima da família. O pai teve um reflexo rápido e lançou sua estaca em direção ao homem, porém, a estaca apenas bateu em sua armadura, e caiu no chão.

- Hahaha. Se essa é sua defesa, se considere já um homem morto! 

Linda não parava de chorar.

- Corram meus filhos, corram! -A mãe gritou, empurrando seus filhos para uma janela mais próxima-

- NINGUÉM irá escapar do ataque surpresa! -o Homem gritou, e tentou ir na direção das crianças-

Porém a mãe acendeu um fósforo e lançou sobre um botijão de gás que disfarçadamente havia destampado. O botijão explodiu, lançando o homem longe, porém também começou a incendiar 90% da casa.

- Vam-mos, r-rápido! -O pai gritou, ajudando seus filhos a saírem pela janela-

Ao saírem, foi ajudar sua esposa, porém, ela caiu, cansada.

- Meu amor! Vamos, precisamos sair daqui!

A mulher tossia muito.

- N-não c-cons-sigo... Est-tou ton-nta! -a mulher respondeu com dificuldade-

- Eu te ajudo, venha! - o homem disse, tentando levantar sua mulher-


... DO LADO DE FORA ...

- Vaaamos! Vamos fugir pela mata! -José gritou, com Linda no colo-

Ao olharem para trás, puderam perceber que grande parte da vila já estava sendo queimada pelos homens. Corpos de crianças, jovens e adultos espalhados por todas as partes. Casas destruídas. Concreto banhado à sangue.

- Mamãe e papaaai! Mããe! -Linda gritou, tentando sair do colo de José-

- Calma irmãzinha! Eles já vão sair! -João disse, beijando a testa da irmã-

Porém, a casa deles explodiu por completo. Nem pai nem mãe nem o tal homem saíram dalí.

- NÃÃO! PAPAI! MÃE, NÃO! -João gritou, correndo em direção aos escombros-

Os três começaram a chorar compulsivamente.

- P-pre-pre... precisamos ajudá-los! -José disse, enquanto chorava-

Porém, as três crianças viram guardas se aproximando deles, montados em seus cavalos. Não havia outra alternativa, os três correram em direção à mata.

- Linda, por favor, pare de chorar! Vamos ficar bem, eu prometo. -João disse, mesmo não acreditando muito em suas próprias palavras-

Os três prosseguiram o caminho. Sem nenhuma dificuldade, conseguiram chegar do outro lado da barreira, através de todo aquele matagal.

Porém, ao saírem dalí...

- SURPREEESAAA! -um homem disse-

Vários soldados estavam cercando toda a barreira, seja a de entrada e saída da vila. 

- NINGUÉM escapará do ataque surpresa de Rádius! -um homem disse-

E então, os soldados que ali estavam pegaram João, José e Linda. 

- SOLTE... MINHA... IRMÃ! -José gritou-

E socou um soldado, porém nada aconteceu a ele, já que as armaduras não deixavam.

As três crianças foram amarradas, em árvores.

- Nós não gostamos de crianças, muito menos de crianças fujonas! Agora serão queimados, como bruxos! -um soldado gritou, acendendo um tocha logo em seguida-

Porém, nada ele conseguiu fazer. Flechas o atingiu, fazendo ele cair, morto. Um homem com arco e flecha apareceu de cavalo, e derrubou mais alguns soldados.

- Vamos, vamos sair daqui! -o homem disse-

E começou a desamarrar as crianças. Desamarrou Linda, porém alguém o atacou por trás, e ele caiu.

O tal homem que ajudou Linda se levantou e batalhava com o soldado que o atacou pelas costas.

- Linda! Rápido, fuja! -João gritou-

- Mão... Imão... Não... -Linda gaguejava, não conseguia completar palavras simples-

- Linda, por favor, corre, corre! -José também gritava-

- Não consiiiiigo. -Linda disse, começando a chorar novamente logo em seguida-

- É uma ORDEM! -José gritou-

Linda então correu para longe daquela barreira, e se escondeu em meio a algumas árvores. Lá, viu o homem que a ajudara perder a batalha. Lá, viu seus irmãos serem levados por um soldado.


... ALGUNS MINUTOS DEPOIS ...

- V-vamos m-menini-ni... Menininha... Venha comigo... -O tal homem havia encontrado Linda-

Porém, Linda nada respondia. Olhava para o nada, como se estivesse em transe. 

- Seu n-nome é Linda não é m-mesmo? Por favor. Precisamos sair daqui ant-tes que nos encontr-rem. M-meu nome é John. Eu irei cuidar de você, prometo... Me perdoe por perder aquela batalha. Nós iremos encontrar seus irmãos!

Quanto mais John dizia, mais Linda chorava.

- Se acalme pequena... Por favor, se acalme... Nós os encontraremos...

Porém, John fez uma promessa que não conseguiu cumprir. Ou melhor, conseguiu. Encontraram João e José, porém, os dois estavam mortos...


... HORAS DEPOIS ...

- E essa é minha casa. Digo, minha mansão. Venha, vou te levar até seu quarto.

 John era um milionário. Vinte e Cinco anos de vida, rico, com uma mansão, a maior mansão daquele lugar. Um banqueiro e guerreiro nas horas vagas, que soube do ataque à Vila de Linda e com isso, foi até lá para salvar vidas. Infelizmente, só conseguiu salvar a dela.

Linda não se expressava. Nada falava. Estava em estado de choque. Não sabia muito bem onde estava e nem com quem falava.

- Por favor, fique bem. Faça um esforço. Você não pode ficar assim pra sempre. Confie em mim Linda. Eu cuidarei de você. Tudo ficará bem, eu prometo. -John disse-

E mais uma vez, Linda nada pronunciou.

Os dias foram se passando e nada de Linda melhorar. O trauma havia sido devastador para a vida daquela criança. Porém, ela já estava confiando nas palavras de John, que tudo iria melhorar. E melhorou.

John pagou os melhores especialistas para que Linda fosse tratada devidamente. E aos poucos, a menina foi voltando a falar, a se expressar. Um novo começo para a vida da jovem garota que tragicamente perdeu a família. Três meses depois, e ela estava tão bem quanto antes do ataque surpresa...

- Posso te chamar de Tio? -Linda perguntou, depois de sua grande melhora, no escritório de John-

John sorriu e respondeu:

- Do que você quiser, minha querida. Mas me diga uma coisa, o que quer fazer agora?

- Comer um sorvete beeem 'glandão', igual o que vi na TV. -Linda disse, animada-

John então pediu à sua empregada que preparasse uma taça para Linda, e quando as duas saíram de seu escritório, fez uma ligação:

- Doutor Soares?

- Sim?

- Olá Doutor! Aqui é o John, proprietário do Banco Nacional. O Senhor tem uma paciente de minha família. Ela se chama Linda...

- Ah sim, a Linda! Gostaria mesmo de falar com o Senhor. Vi uma ligeira melhora no estado mental dela. A garota realmente é forte! Mais algumas consultas e ela estará tão bem quanto antes. Digo, não totalmente. Ela perdeu toda a sua família, porém os desabafos e com a maturidade chegando, ela parece estar melhorando cada dia mais. 

- É ótimo saber disso, Doutor. Me tranquiliza muito. -John disse-

E alguns minutos depois, o banqueiro milionário encerrou a ligação...


... 15 ANOS DEPOIS ...

- Linda, onde você foi vestida desse jeito?! Parece uma índia louca! -John perguntou, irritado-

- John, eu não tenho que te dar explicação alguma. -Linda disse, saindo andando dalí-

- Você precisa me explicar MUITA coisa! -John disse, segurando o braço de Linda-

E completou:

- Saídas noturnas, dinheiro sumindo de sua conta, rebeldia sem motivo. Minha filha, o que está acontecendo?!

- Está acontecendo que hoje faz 15 anos que meus pais morreram, graças àqueles soldados malditos! Acontece que hoje faz 15 anos que minha infância foi arruinada! Hoje pela manhã, comecei a lembrar de inúmeras coisas que eu havia bloqueado de minha mente há 15 anos atrás! Finalmente, finalmente lembrei do nome do desgraçado que ninguém nunca quis me falar! É Rádius, Rádius! Atual Rei de Solária, um "Santo do Pau-Oco" que acabou com minha vida! 

- Linda... Eu...

- Por favor. Você não tem culpa de nada. Apenas me abrigou e me apoiou na pior fase de minha vida. Muito obrigada por tudo John. Você é verdadeiramente meu segundo pai. Muito obrigada pela boa educação e pelos melhores profissionais que me trataram. Mas estou saindo de casa.

- O QUÊ?! Linda, o que pretende fazer?! Porquê isso agora?! O que você quer?! -John não parava de fazer perguntas-

- Vingança. Apenas a vingança conseguirá preencher a cratera que há 15 anos foi formada em minha mente. -Linda concluiu-

E foi para seu quarto.

John foi atrás.

- Minha filha, você não precisa sair daqui para isso!

- Não quero te meter nessa história, John. Você sempre foi um ótimo pai para mim, e nenhum pai gostaria de ver seu filho embarcando no mundo da Vingança. Essa Vingança é só minha. E só eu poderei fazê-la. -Linda disse, pegando uma mala-

- Você não tem para onde ir, Linda! Por favor, fique aqui. Eu te apoiarei no que precisar.

- John... não. Não estou tendo crise de adolescente, até porquê já completei meus 20 anos e não estou de brincadeira! Não estou revoltadinha com nada, só quero vingança e é vingança que conseguirei! Rádius e seu reino estúpido precisa cair, e eu o derrubarei! Essa vingança é apenas minha. -Linda disse-

- Linda, acalme-se. Sente-se. Essa vingança também é minha... -John disse, interrompendo a arrumação de Linda-

- O que quer dizer com isso? Você tem algum motivo pior do que o meu? Sua família também foi destruída? Ou você quer apenas me apoiar nisso tudo? John, eu sei que Vingança é um caminho sem volta, e que posso mudar totalmente, por isso não quero meter ninguém nessa história.

John ignorou as palavras de Linda e começou a falar:

- Eu pertencia à Corte de Solária. Eu era o Capitão do Exército, o melhor dos Capitães que existiam na época. Eu era o melhor amigo de Rádius. Porém, cometi o maior erro da minha vida ao entrar para uma seita, criada por Rádius quando ele ainda era um mero príncipe, dentro do Castelo. Uma seita secreta, mercenária, em que Rádius pegava prisioneiros de Solária, condenados, e os treinava, para que se tornassem assassinos profissionais. Quando se formavam, mandávamos eles em busca de cidades e de pequenas vilas. Depois do lugar todo investigado, nossos assassinos matavam todas as pessoas do lugar e conquistavam a cidade, a vila, que se tornava propriedade de Solária. Com isso, Solária crescia cada vez mais, economicamente e militarmente. Por fazer parte da seita, fiz um juramento, porém não pude cumprí-lo...

John fez uma pausa.

- Você acha... que foi essa seita que... -Linda não conseguiu formular a pergunta-

- Não... Não sei. Mas... Continuando. Um dos juramentos dos membros da seita era nunca se apaixonar por algúem. Pois de acordo com Rádius, o "amor condena tudo", e nossos planos começariam a falhar. Porém, como eu disse, não consegui cumprir com esse juramento. Me apaixonei por Bárbara, uma jovem moça. Eu tinha apenas 20 anos, sua idade atual, e simplesmente eu havia encontrado o verdadeiro amor da minha vida. Comecei a namorá-la, e mais tarde noivei, tudo em segredo. Porém, meu segredo foi descoberto por alguém,
e esse alguém me entregou para Rádius. Rádius ordenou que eu acabasse de vez com "toda essa desgraça", porém, eu neguei. Rádius falou que a mataria, que uma mulher não poderia estragar os planos da "Magnífica Seita" que ele havia criado. 

- Ele... A matou...? -Linda perguntou, aflita-

John apenas prosseguiu:

- Eu disse que se ele tocasse em apenas um fio de cabelo de Bárbara, eu iria expor tudo o que ele andava fazendo entre quatro paredes. Mostrei à ele, todas as fotos que eu havia tirado, todos os documentos que cuidadosamente copiei para usar se um dia ele me ameaçasse. Rádius então me ofereceu dinheiro... Um dinheiro sujo que me sustenta e que sustenta essa casa. Rádius me subornou e me deu o meu atual banco. Só usei esse dinheiro e só vivo dele até hoje, para me vingar de Rádius. Sendo um milionário, tenho mais chances de acabar com ele definitivamente. 

- Porquê você não me disse nada?! Poderíamos ter começado isso há muito tempo! -Linda perguntou-

- Linda... Nem eu tinha certeza se era isso que eu queria, porém, vendo que agora você quer se Vingar do homem que destruiu sua família, quero apoiá-la. Precisamos derrubar Rádius e seu reino. Precisamos acabar com tudo o que ele criou usando de morte e de caos.

- Mas, o que aconteceu com Bárbara?! -Linda disse-

Os olhos de John no mesmo instante se encheram de lágrimas, porém o homem se aguentou, e continuou a contar a estória:

- Aceitei o dinheiro de Rádius, o banco, em troca de que ele me tirasse daquela seita. Rádius assim fez. Passei meses morando com Bárbara, nessa mesma mansão que ganhei, já lucrando com o banco e com o dinheiro ganhado, porém, de um dia para outro, Rádius me arrancou tudo o que eu tinha de mais valioso; me arrancou Bárbara. Ele a matou. E antes de a matar, obrigou que ela entregasse a ele todas as provas que eu havia conseguido durante os meses que servi à Seita. Rádius invadiu essa mansão, e queimou Bárbara, presa à uma coluna de pedra. Junto com as provas.

- Desgraçado! DESGRAÇADO! Ele é pior do que eu imaginava que era! -Linda gritou, tremendo de ódio-

- E é por isso que esta Vingança também é minha. Linda, nós juntos poderemos desmascarar aquele maldito. Porém, temos que começar de baixo. -John disse, determinado-

- E é exatamente assim que penso. Por isso que eu estava partindo. Me inscrevi para ser uma Recruta no Centro de Treinamentos de Solária. Um Centro de Treinamento Ninja. Treinando lá, poderei me tornar uma boa recruta, e mais tarde, até uma boa capitã. Estarei dentro de Solária e conseguirei informações necessárias para acabar com o Rei maldito e seus seguidores. -Linda disse-

- Hahaha... Era sobre isso que eu iria falar. Minha filha, não vá. Morando aqui, com nossa tecnologia, poderemos ter uma maior noção do que se passa naquele lugar. Preciso que amanhã, quando tudo começar, você instale câmeras escondidas ao redor de todo o Reino, até onde você conseguir alcançar, perto do Castelo. -John disse-

- Certo, John. Já lamentamos demais... Apartir de hoje, começaremos a vingar nossos entes queridos, pessoas que Rádius cruelmente matou. Já lamentamos demais... Hora de atacar. -Linda disse, com um sorriso sarcástico no rosto-

Um 'passado' infelizmente não pode ser mudado. Voltar no tempo é praticamente impossível, para alguém que não possui poderes mágicos. Porém, o futuro qualquer um pode mudar. E é em um futuro sem Rádius que Linda irá investir...

6 Comentários:

Thais Evelyn disse...

quando vai ser o próximo????
e a stella?? ta metida nisso???

Y disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Allan Menezes disse...

Thais
Todos os capítulos sairão nas sextas-feiras.
Ou seja, capítulo 2, na próxiam sexta feira, dia 05/09/12

Lívia
Pois é. As pessoas conseguem nos surpreender... KKK
Sim. Linda era uma menina fofa, até que acabaram com a vida dela ;/

♥Maria Carolina + Wreck-it Ralph♥ disse...

Eu simplesmente adorei o episódio :). Está de parabéns! Só não gostei da parte em que os pais de Linda morrem :(, assim me deixa triste. Eu quase chorei por ela chorar muito pela família. Como é que o Rádius pode ser tão malvado assim?
Tô anciosa pelo próximo episódio ;)!

Allan Menezes disse...

Obrigado! *-*
Sairá na Sexta-Feira!
Pode divulgar?

Anônimo disse...

Minha personagem favorita é a Stella <3

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